A política de apostas tem dado certo em General Severiano, e profissionais que dificilmente seriam tratados como alternativas em outros clubes acabaram dando frutos e saíram pela porta da frente do Botafogo.
Ainda sem dinheiro para apostar em nomes de peso, o Botafogo, em suas últimas quatro escolhas de treinador, concentrou-se em jovens comandantes. A exceção é Ricardo Gomes, que, apesar do consagrado nome, voltava a dirigir um clube após quase quatro anos dedicados à recuperação de um AVC sofrido à beira do campo.
Os outros foram Jair Ventura, Felipe Conceição e Alberto Valentim. Conceição é o único do quarteto que acabou demitido. Relembre abaixo a trajetória de cada um:
Ricardo Gomes
Contratado em julho de 2015, Ricardo chegava a General Severiano para realizar seu primeiro trabalho como técnico desde o AVC, sofrido em 28 de agosto de 2011, quando dirigia o Vasco em clássico contra o Flamengo.
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Conduziu o time a uma tranquila conquista da Série B 2015, foi vice no Carioca. Um dia após a final estadual, inclusive, renovou contrato após recusar proposta do Cruzeiro.
Em agosto, mês seguinte ao que completou um ano de Botafogo, porém, aceitou proposta do São Paulo. Foram 67 partidas com a Estrela Solitária no peito, 34 vitórias, 17 empates e 16 derrotas.
Jair Ventura
Depois de muitos anos em General Severiano, Jair Ventura foi o escolhido para substituir Ricardo Gomes interinamente. O que parecia algo temporário converteu-se numa parceria de sucesso.
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Do 17ª lugar no Brasileiro à Libertadores, formou um Botafogo difícil de ser batido. Em 2017, ótima campanha na principal competição sul-americana, com direito a triunfos sobre Atlético Nacional-COL, Nacional-URU e Colo Colo-CHI, clubes que já haviam vencido o campeonato em questão.
No mesmo ano, levou o time à semifinal da Copa do Brasil, mas viu uma classificação à Libertadores 2018, que parecia certa, escorrer por suas mãos. Em dezembro, trocou de alvinegro e assinou com o Santos. Números: 95 jogos, 43 vitórias, 21 empates e 31 derrotas.
Felipe Conceição
Ex-atacante e formado em General Severiano, Felipe Conceição era visto como nome ideal para substituir Jair. Não foi.
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Sua rápida passagem como treinador do time profissional durou sete jogos, com duas vitórias, mesmo número de derrotas e três empates.
As eliminações na primeira fase da Copa do Brasil, diante do modesto Aparecidense-GO, e na Taça Guanabara, contra o Flamengo, pesaram.
Alberto Valentim
Também ainda sem espaço no mercado de treinador, Alberto Valentim surpreendeu a muitos ao ser anunciado como substituto de Felipe. Depois de bom trabalho como auxiliar no Palmeiras, chegou ao Nilton Santos como aposta de Anderson Barros e com o aval de Cuca, nome preferido à época.
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Diante de um elenco abalado psicologicamente após eliminações, mudou o estilo de jogo e começou a vencer clássicos.
Após 25 jogos, 11 vitórias, sete empates e mesmo número de derrotas, o técnico campeão carioca deixou o Alvinegro seduzido por vantajosa proposta da Arábia Saudita.
Conteúdo de Globoesportes