O vôlei do Botafogo vive enorme crise dias antes da sua estréia na temporada. Com três meses de salários atrasados, os jogadores estão judicialmente liberados para acertar com qualquer outro clube. A crise veio devido a um alto investimento feito para que houvesse um time competitivo na volta a elite do vôlei nacional. Com a esperança de que um patrocínio que até agora não apareceu, cobrisse os gastos.

Do pacotão de reforços apresentados em abril, três já saíram (dois por receberem boas ofertas e um por não aguentar a situação) e cinco aguardam o desenrolar enquanto procuram novos clubes. O levantador Pedro que foi para o vôlei ribeirão, o ponteiro Leozinho que irá atuar na Turquia e o central Robinho foram os jogadores que deixaram o clube.

Para os poucos que restaram, há uma promessa de que até o fim da semana, um novo patrocínio pode ser anunciado para cobrir os gastos da modalidade.

Mas como a crise do Vôlei pode afetar no futebol? Toda vez que um jogador deixa o clube  judicialmente pelo acumulo de três meses de salários atrasados, o atleta processa a instituição e ela ainda recebe multas pela quebra do contrato. E o Botafogo trabalha com um caixa único para todas as modalidades. Ou seja, um atleta que possui valores a receber do Botafogo, seja ele do basquete, vôlei ou qualquer outra modalidade, ele pode penhorar um dinheiro que seria destinado ao futebol pelo caixa ser o mesmo.

Outro ponto em questão é: Mesmo que consiga o patrocínio, não é garantia de resolução dos problemas. No momento em que um possível patrocinador invista no clube, assim que esse dinheiro entra, ele corre sérios riscos de ser penhorado. Sendo assim, mesmo com um possível e sonhado patrocinador, esse dinheiro que seria para o vôlei pode acabar indo para uma dívida antiga qualquer.

E no final, o futebol fica como responsável por cobrir os gastos inconsequentes da atual gestão em esportes deficitários. Tirando dinheiro sem ter pra ele próprio.