O estádio Nilton Santos rendeu, mais uma vez, prejuízo as contas do Botafogo. Apesar da promoção de ingressos, o borderô apontou um déficit de R$ 147.038,00. A expectativa da diretoria não se cumpriu. Ao abaixar os ingressos, os 12 mil presentes ficaram longe das 20 a 25 mil pessoas que eram esperadas.

O erro esteve em colocar um preço único para todos os setores, praticamente perdendo o setor Norte. O “setor popular” por ficar distante e atrás do gol, acaba dando uma visão menos privilegiada do campo de jogo. Com isso, acaba sempre tendo seus preços mais baratos para que consiga ser atrativo. O que não ocorreu no Domingo. Já que com preços igualitários, o torcedor optou ir para outros setores.
Sendo assim, o Botafogo ao invés de atrair mais gente para seu estádio, apenas realocou o torcedor que já o frequenta e ainda “queimou” um dos setores.




O que também prejudica é a falta de um padrão de preços como se ocorre nos clubes com melhores arrecadações de bilheteria. Cada jogo é um preço diferente que abaixa e aumenta sem uma lógica muito clara. Assim, o torcedor que e menos assíduo ao estádio, acaba ficando alheio e ficando de fora do estádio.

No documento oficial, fornecido pelo Botafogo também podemos observar alguns custos extremamente elevados que contribuem diretamente nesse prejuízo. O valor marcado como “custo operacional” por exemplo, ultrapassa dos 100 mil reais. Há também valores como: 20 mil reais em despesas operacionais, quase 15 mil reais em confecções de ingressos, 43 mil reais em “controle de acesso”… Será que esses custos altíssimos não poderiam ser diminuídos?

O Botafogo agora jogará no Ceará e talvez volte ao Estádio Nilton Santos no jogo seguinte contra o São Paulo. Esse “talvez” fica por conta da negociação que está em andamento para que o jogo ocorra em Brasília. Mas caso jogue no Rio de Janeiro, e dependendo do resultado fora de casa, talvez o Botafogo consiga estudar uma forma melhor de atrair seu torcedor de volta a arquibancada ao invés de só realocá-lo.