O técnico Luís Castro conseguiu se reinventar na hora de escalar o Botafogo que venceu o Bragantino por 2 a 1, na última quarta-feira, no estádio Nilton Santos, pela 34ª rodada do campeonato brasileiro. Sem praticamente todos os seus titulares de meio-campo, o técnico recorreu à mudança de formação e jogou quase toda a partida em um 4-4-2.
Perguntado sobre o excessivo número de lesionados, o técnico português justificou sobre a falta de férias de alguns jogadores que chegaram ao longo da temporada:
“Eu acho que temos jogadores que não tiveram férias. É um ponto negativo que temos. O jogador, como todos nós, tem de ter. Eu também não tive. Saí de um campeonato e fui para outro. Quando eles terminaram a temporada em junho ou julho, entraram aqui direto e continuaram a jogar. É um fator decisivo para termos as lesões” – justificou Luís Castro.
Ao longo da coletiva, o treinador também encarou a necessidade de mudanças como uma situação normal na vida de um treinador de futebol.
A forma como a gente se reinventa… É normal. Os treinadores existem para resolver problemas. Há problemas no time, então, temos de percorrer outro caminho. Claramente hoje decidimos pelo 4-4-2, não tivemos muito tempo para treinar. Foi o suficiente para o time entender o que queríamos no jogo. O time criou diversas situações, poderíamos ter um resultado mais dilatado. O fundamental é ter jogadores inteligentes e com grande capacidade de absorver informação. O Junior e o Soares na frente, depois uma linha de quatro, com projeção do Jeffinho. O trabalho do Tchê Tchê e do Gabriel seria enorme para equilibrar o time defensivamente. Foi um trabalho tão grande que cada um deles fez um gol. A ideia era não limitá-los também. O Bragantino teve o gol e mais uma oportunidade. Fomos merecedores. – analisou o treinador.
Com a expectativa de ter o retorno de alguns atletas que hoje estão entregues ao departamento médico, o Botafogo voltará a campo na próxima terça-feira, às 19h, contra o Cuiabá no estádio Nilton Santos.