
Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Oswaldo de Oliveira, André Bahia, Henrique Almeida… Os três fazem parte de um recheado grupo de credores que estão na justiça contra o Botafogo para receber seus direitos. No último dia antes do recesso forense, a justiça autorizou algumas penhoras, dentre elas parte da venda do volante Matheus Fernandes ao Palmeiras no valor de R$ 6,4 milhões. Matheus foi vendido por 3,5 milhões de Euros, aproximadamente R$ 15 milhões por 75% dos direitos econômicos.
Em 2015, o clube passou a ser presidido por Carlos Eduardo Pereira. O departamento jurídico conseguiu o reingresso do Botafogo ao Ato Trabalhista, que centraliza em uma conta judicial os pagamentos do clube para diversos credores ordenados pelo tempo do processo. O Plano Especial de Execução fica limitado às execuções das sentenças ou acordos homologados em ações distribuídas até a data da publicação deste Ato.
O vice-presidente jurídico, Dr. Domingos Fleury, explicou as penhoras sofridas durante a semana mesmo estando inserido no Ato Trabalhista.
– Quando nós assumimos em 2014 era um caos. O Botafogo havia sido retirado do Ato Trabalhista. Nós requeremos um novo Ato, que inclui todas as dívidas, todos os processos até 31 de dezembro de 2014. Contudo, todas as reclamações que aparecem em forma de penhora de recursos do Botafogo é porque são reclamações ajuizadas depois de 31 de dezembro de 2014. É a maior parte. Todo mundo que não recebeu do Maurício (Assumpção) entrou na justiça no ano seguinte. Tem o Renato, do Santos, Tem o Oswaldo de Oliveira, André Bahia, tem uma enxurrada de credores que é coisa de louco. A explicação é essa. Nós sofremos essas penhoras porque esses processos não se encontram no Ato Trabalhista – Afirmou Fleury, que revelou a decisão em não pedir um novo Ato Trabalhista.
– A gente não faz um novo Ato porque não vale mais a pena. Infelizmente o TRT-RJ mudou a regulamentação e agora teríamos que pagar essas dívidas em 3 anos e ainda apresentar uma garantia. Antes a dívida era paga em 10 anos e não precisava de garantia, que é o nosso Ato atual, que começamos a pagar em 2015. Já pagamos quatro e ainda temos seis anos pela frente. Fizemos as contas e iríamos depositar por mês com o novo Ato aproximadamente R$5 milhões, justamente pela diminuição do prazo de pagamento de 10 anos. Se for somar R$5 milhões mais os R$ 2 milhões que já pagamos por mês, daria R$ 7 milhões para gastar e não temos esse dinheiro.
De acordo com o portal de transparência visível no site oficial do clube, já foram pagos até hoje R$ 67.950.000,00 no Ato Trabalhista.
