O Basquete do Botafogo retomou as suas atividades de forma oficial. A modalidade encantou o torcedor alvinegro com títulos expressivos nos últimos anos, mas teve o projeto paralisado em 2020 por conta de erros em sua condução e foram extremamente lesivos aos cofres do clube.

Os jogadores antes do encerramento das atividades, viveram situações de extremo constrangimento. Convivendo com salários atrasados. Há relatos de atletas do antigo elenco chegarem ao ponto de receberem ordens de despejo.

Em 2019, tendo o seu fim anunciado de forma oficial, o basquete deixou dívidas aos cofres do clube e uma série de processos trabalhistas.

Vale ressaltar, que o Botafogo trabalha com um caixa único. Então todo e qualquer problema financeiro e fiscal deixado pelo basquete por práticas irresponsáveis, reflete nos cofre inclusive, do futebol.

Conforme publicado em matéria do Globoesporte.com em julho de 2020, o Botafogo contava na época com um orçamento de pouco mais de R$ 4 milhões por ano. 3 milhões vindos da TIM e 1,5 milhão da Ambev. Ambos captados através de projetos incentivados.

Não houve a prestação de contas do valor captado e também não foi feito o devido recolhimento de impostos. Por conta disso, o clube acabou perdendo as suas CND’s.

CND, é a certidão Negativa de Débitos. Sem este documento, hoje o clube é impedido de ir atrás de novos projetos incentivados e também de conseguir qualquer outro tipo de patrocínio de empresas estatais.

Em 2021, o projeto basquete está sendo reativado e terá de recomeçar sua caminhada pelo Campeonato Brasileiro de Basquete. Caso venha a ser campeão, além da taça, o Botafogo garantirá o acesso para a NBB, principal competição do país.

Como plataforma de campanha, o presidente Durcesio Melo prometeu um basquete “forte e autossustentável”. Para que não houvesse novos transtornos para com os profissionais envolvidos e aos cofres do clube.

O clube diz que o projeto é autossustentável. Mas publicamente, não foram apresentadas as garantias que indicam que isso possa acontecer.

O fato divide opiniões dentro do conselho deliberativo do clube. Há uma corrente que é veementemente contra o retorno usando o passado recente como exemplo.

Em busca de informações de que os mesmo erros não serão cometidos, o Resenha Alvinegra tentou contato com dirigentes envolvidos no projeto para entender como a modalidade será gerida e como evitar os transtornos da temporada 2019/2020. Até o momento, não fomos respondidos.

 

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