Num ano delicado financeiramente, o Botafogo foi ao mercado com a proposta de apostar em jovens e em atletas que não estão em evidência no mercado nacional. O nome mais cercado de expectativa dentre os 10 reforços foi o do uruguaio Rodrigo Aguirre.
Com passagens por quatro clubes europeus e pelo Nacional-URU, o canhoto de 23 anos (faz 24 em outubro), credenciado pelo chute potente e força física, ainda não vingou em nove jogos.
São cinco cartões (um não conta por ter levado dois amarelos diante do Bahia) em apenas nove jogos, porém dois deles o colocam como líder de expulsões do Campeonato Brasileiro – empatado com o volante Cuéllar, do Flamengo. Para completar, ainda não marcou gols.
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No Botafogo, há o entendimento de que o estilo de Aguirre é agressivo, e o técnico Marcos Paquetá externou isso ao traçar um paralelo entre os campeonatos italiano e brasileiro neste sábado. Porém, apesar de citar que na Itália o jogo é mais pegado, Paquetá garante que o departamento de futebol já age para evitar novas reações desproporcionais.
Neste sábado, com a vitória do Flamengo por 2 a 0 consumada e a segundos do apito final, o atleta resolveu correr risco e interromper o “olé” rival com um carrinho perigoso. Pará pulou para evitar o choque, mas o árbitro interpretou a jogada como temerária e o expulsou.
Aguirre já havia sido expulso no penúltimo jogo antes da parada da Copa do Mundo. Se Paquetá e outros alvinegros consideraram a expulsão deste sábado questionável, a contra o Bahia, em 10 de junho, de fato foi alvo de reclamações.
Aguirre recebeu o segundo amarelo após se embolar com Lucas Fonseca na área alvinegra durante o empate por 3 a 3 com os baianos, o que resultou em pênalti marcado contra o Botafogo. Durante o programa Seleção Sportv, os comentaristas de arbitragem consideraram a decisão do árbitro Leandro Bizzio equivocada.

Comentaristas falam sobre reação de Aguirre, do Bota, após ser expulso contra o Bahia
Apesar da discordância de especialistas do apito em relação à marcação, a imprudência de Aguirre, que agarrou e foi agarrado por um rival na área mesmo com cartão amarelo àquela altura, chamou atenção.
Aguirre já mostrou que pode ser útil. Tem técnica, muita força e uma perna esquerda especial. Porém precisa canalizar sua disposição em chutes contra a meta adversária. A próxima oportunidade agora só no próximo domingo, às 16h, contra o Internacional, em Porto Alegre.
Sim, só volta daqui a sete dias, pois, por conta de um cartão bobo, não pega a Chapecoense, na quinta-feira, às 19h30, no Nilton Santos. Acorda, Aguirre, e responda às expectativas da torcida alvinegra.
Conteúdo de Globoesportes