Uma das lideranças do Botafogo, o argentino Carli fez história com o gol no segundo jogo do Campeonato Carioca, no Maracanã. Mas é debaixo das arquibancadas do Nilton Santos, o estádio alvinegro, que outro argentino também representa o clube. Aliás, quase argentino.
Lian Rocha
Lian Rocha é atleta do futebol de mesa do Glorioso desde fevereiro do ano passado, mas é conhecido no esporte como o “Argentino”. A paixão pelo país vizinho, especialmente no futebol, se reflete no estilo, nas memórias e até no vocabulário. É um daqueles que se consideram com duas pátrias.

O time principal utilizado nas mesas é a seleção de Messi, mas faz 20 anos que tudo começou. Lian ostentava uma cabeleira à lá Sorín quando foi chamado para disputar uma liga na categoria dadinho. E não tinha o clube preferido como opção.

– Eu era fã do Romário há tempos, então só jogava com o PSV, mas já tinha alguém com o time. Havia o Boca Juniors, que estava num jejum de décadas,  sem ganhar nada internacionalmente. Comecei a ler a historia do clube, fui ganhando campeonatos, fui lendo matérias e o Boca começou a contratar – diz.

Tanto da equipe de Buenos Aires – que também conta com “representantes” às ordens de Lian – quanto da Albiceleste são flâmulas, bandeiras toalhas, camisas, shorts… quem convive com o atleta alvinegro precisa aturar os cantos. Que começaram a partir de uma época dourada do temido Boca.
– Trouxeram Palermo, os irmãos Schelotto, procurei CD com cantos de torcida do Boca… virei torcedor sem sentir – recorda, entrevista ao LANCE!.

Aos 45 anos, Lian coleciona títulos – até mundial – ao longo da carreira. Sempre com os “hermanos” o acompanhando. A torcida, durante as Copas do Mundo, é dividida entre os países natal e de coração – que ele ainda não visitou. No torneio corrente, ele põe fé na classificação à próxima fase.

– Já teve campeonatos em que eu estava praticamente eliminado, precisava de quatro resultados e eu dizia: “Deus é brasileiro, mas o papa é argentino.” E começou com a Nigéria ajudando… e a Nigéria é freguesa histórica. Agora, a Argentina ganha de quatro ou cinco (risos), tenho que ser otimista – brinca.

Se a Argentina avançar, só poderá na segunda posição de seu grupo. Caso o Brasil passe de fase em segundo lugar, o encontro entre os rivais só poderá ocorrer na final. E para quem o Argentino torceria? Ele tenta desconversar, mas brinca com o critério escolhido.

– É um sonho. Nunca teve um Brasil x Argentina na final. Mas a Argentina tem que melhorar, Messi tem que sair do estado de hibernação. A gente já tem cinco, deixa eles ganharam mais um (risos). De qualquer jeito eu vou ser sacaneado. Mas seria um brinde aos sul-americanos – imagina.

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