O Botafogo escapou do rebaixamento e garantiu vaga na Copa Sul-Americana com rodadas de antecedência. O time ainda encara o Atlético-MG, no sábado (1º), no ato final do Campeonato Brasileiro, no Independência, e busca a posição mais alta que puder, já que isso representa uma premiação maior. Fora das quatro linhas, no entanto, os dias serão vividos intensamente até o último dia de dezembro.

Isso porque o Botafogo vive um delicado momento financeiro. Com verba limitada, o clube tem “cortado um dobrado” para manter salários em dia ou evitar que os atrasos durem muito tempo. Na última terça-feira, por exemplo, a diretoria pagou o mês de outubro (CLT), vencido desde o último dia 6 – o direito de imagem deste mês ainda será quitado.

Agora, o Botafogo trabalha para fechar o ano sem dívidas. O clube ainda precisará pagar novembro, dezembro e férias aos atletas, e o dinheiro em caixa ainda não é suficiente para quitar todo esse valor. A diretoria, então, terá que arranjar uma forma de levantar um dinheiro para poder arcar com as obrigações.

Uma das possibilidades é a venda de atletas. Matheus Fernandes recebeu proposta do Genoa de 5 milhões de euros – cerca de R$ 22 milhões – e tem negociação encaminhada com o clube italiano. O Botafogo espera a chegada da papelada após o fim do Campeonato Brasileiro para oficializar o acordo.

Além do volante, Igor Rabello está muito valorizado no mercado e tem recebido diversas sondagens de times do exterior. Até o momento, as propostas oficiais não agradaram, mas existe a possibilidade de o defensor não iniciar a próxima temporada pelo Botafogo por conta de uma negociação.

E esse é o cenário ideal para o clube. Receber boas propostas por seus jovens e talentosos jogadores para desafogar financeiramente e arcar com suas responsabilidades nesse fim de ano. Caso isso não seja possível, a diretoria terá que encontrar uma alternativa e um novo empréstimo com a Globo não está descartado. O fato é que o Botafogo vive um dia de cada vez.

Conteúdo de UOL
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