Vasco e Botafogo se enfrentaram em São Januário no primeiro turno – Antonio Scorza / Antonio Scorza

O campeonato se aproxima do fim. Faltam 13 jogos para o Botafogo (em 15º, com 29 pontos) e 14 para o Vasco (18º, com 25 pontos, já no Z-4), que cumpre partida atrasada da terceira rodada na quinta, contra o Santos no Pacaembu. Enquanto o torcedor mais otimista sonha com um final de ano feliz, quem sabe beliscando uma vaga em competição sul-americana, alvinegros e cruz-maltinos realistas têm uma única obsessão: chegar aos 46 pontos.

A pontuação é uma marca histórica do Campeonato Brasileiro de pontos corridos com 20 times, que segue este formato desde 2006. Os times que atingiram esta meta nunca foram rebaixados. A equipe que caiu para a segunda divisão com a pontuação mais alta foi o Coritiba, que fez 45 pontos em 2009. Nada impede, porém, que um time se salve com uma pontuação menor — Vitória e Sport permaneceram na série A no ano passado com 43 e 45 pontos, por exemplo —, mas 46 é o “número mágico” .

Logo de cara, o Botafogo vai encontrar uma série de confrontos diretos pelo caminho. As próximas seis rodadas reservam Vitória (F), São Paulo (C), Vasco (C), Ceará (F), Bahia (C) e Atlético-PR (F). Série fundamental para atingir o objetivo de permanecer na Série A. Tirando São Paulo, atual líder do Brasileiro, todos os adversários também estão na briga para fugir do rebaixamento. Os dois rivais baianos, inclusive, têm exatamente a mesma pontuação que o alvinegro.

—Estes confrontos diretos são muito importantes. Uma vitória te dá condição de botar três pontos à frente. Pensamos sempre positivo e esperamos ter sucesso nesta sequência — disse o treinador Zé Ricardo.

Para se dar bem na sequência de confrontos diretos, o Botafogo vai precisar quebrar uma escrita de 2018: vencer fora do Rio. Não derrotar Ceará nem Vitória significa ter que compensar pontos perdidos contra rivais que estão mais em cima na tabela.

O desafio de vencer fora de casa também está em questão para o Vasco. O time ainda não voltou com três pontos para o Rio nenhuma vez neste campeonato. Para não cair de divisão, vai ser necessário ao menos derrotar o Paraná, lanterna e único virtual rebaixado.

Além de somar pontos fora, é crucial fazer o dever de casa e ser um bom mandante. Nesta segunda-feira, às 20h, em São Januário, o Vasco não pode se dar ao luxo de não vencer o Bahia, adversário que também briga na parte de baixo da tabela.

— São Januário tem que pesar a favor. Temos que melhorar o nossos rendimento em casa e ter a cabeça fria para conseguir um resultado positivo — avisou o goleiro Martín Silva, um dos líderes do elenco. — Contamos com o apoio da torcida.

O Vasco precisa ter pressa. Dos 14 jogos restantes, a série final é a mais complicada. Nas rodadas derradeiras, o Vasco enfrenta o Corinthians fora de casa e depois recebe São Paulo e Palmeiras. Os dois times muito provavelmente vão chegar na reta final disputando o título. Se cumprir bem sua função, o time de Yago Pikachu chega dependendo apenas de uma vitória nas quatro últimas rodadas. Se não bater nenhum dos paulistas,encerra o campeonato em um provável jogo de vida ou morte contra o Ceará, no Presidente Vargas, em Fortaleza.

Sem poder errar

Clássicos também estão no meio do caminho. O ideal é que cada time some pelo menos quatro pontos contra adversários cariocas. Depois que se encontrarem, no próxima dia 9, no Nilton Santos, o Botafogo ainda recebe o Flamengo, e o Vasco enfrenta o Fluminense.

No caminho que vão ter que percorrer para alcançar os 46 pontos, os rivais cariocas vão precisar subir de produção. Os 29 pontos ganhos pelo Botafogo representam um aproveitamento de 39% — para alcançar 46 ao fim do torneio, vai precisar levar 43,5% dos pontos a partir de agora.

Já o Vasco precisa melhorar ainda mais. Os 25 pontos conquistados representam 35% do total disputado pela equipe de Alberto Valentim. Daqui em diante, o Vasco não pode se contentar com menos do que a metade de todos os pontos que vai disputar. Ou seja, precisa de 50% de aproveitamento.

Vencer fora de casa é desafio crucial

Para se dar bem na sequência de confrontos diretos, o Botafogo vai precisar quebrar uma escrita de 2018: vencer fora do Rio. Não derrotar Ceará nem Vitória, adversário de hoje, significa ter que compensar pontos perdidos contra rivais que estão mais acima na tabela. A única vitória fora de casa do Alvinegro neste Brasileiro foi justamente contra o Vasco, em São Januário.

O desafio de vencer fora de casa também está em questão para o Vasco. O time ainda não voltou com três pontos para o Rio nenhuma vez neste campeonato. Para não cair para a segunda divisão, será necessário ao menos derrotar o Paraná, lanterna e único virtual rebaixado. Além de somar pontos fora, é crucial fazer o dever de casa e ser um bom mandante. Amanhã, às 20h, em São Januário, o Vasco não pode se dar ao luxo de não vencer o Bahia, adversário direto que também briga na parte de baixo da tabela

 

 

Conteúdo de O Globo e Extra