A principal polêmica é a possibilidade de o mandato do atual presidente Nelson Mufarrej ser ampliado em um ano, segundo ponderação de Montenegro. Campeão brasileiro de 1995 e uma das figuras mais influentes na política alvinegra, ele considera que eventuais mudanças podem ser uma ameaça à entrada dos irmãos Moreira Salles.
Em e-mail enviado ao presidente do Conselho Deliberativo, Edson Alves Júnior, Montenegro questionou que a reforma do estatuto daria assento automático a beneméritos indicados por Carlos Eduardo Pereira, antecessor do atual mandatário, e pelo grupo político “Mais Botafogo“. Montenegro classificou a proposta de criação da comissão como “absurda, vergonhosa e imoral” e um “golpe que está sendo dado por essa podridão do Mais Botafogo”.
Montenegro crê que a proposta de mudança antes dos irmãos Moreira Salles apresentarem seus planos para o Botafogo seria um grande erro, e pediu que a proposta de criação da comissão seja retirada da pauta. O pedido foi acompanhado pelo ex-diretor de marketing e ex-candidato Marcelo Guimarães, que também redigiu carta, e pelo grupo político “Frente Alvinegra“.
https://twitter.com/AlvinegraFrente/status/1140263744976691201
O ex-presidente Carlos Eduardo Pereira esclareceu que não pertence mais ao grupo “Mais Botafogo” e disse ser contra à proposta da criação da comissão para reformar o estatuto.
Esclareço que não faço parte do grupo político Mais Botafogo, não fui consultado sobre a criação desta comissão para reforma do estatuto, sou contrário a ela, pois o Clube deve aguardar a resposta dos Irmãos Moreira Salles e estarei presente à reunião para formalizar o meu voto.
— Cep1417 (@cep1417) June 16, 2019
Edson Alves Junior respondeu a Carlos Augusto Montenegro, e a mensagem foi compartilhada em redes sociais. Afirmou que a instauração da comissão era para ter sido realizada antes de os Moreira Salles mostrarem a intenção de entrar no Botafogo. E tratou a discussão como “tempestade em copo d’ água”. “Não existe golpe algum”, afirmou.
Matéria do site globoesportes.com