Botafogo x Nacional

depois de resultados ruins, lesões inesperadas, demissão de treinador… O Botafogo começou a transformar um momento de incerteza em esperança. A vitória por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, sobre o Nacional-PAR, traz muito mais do que a classificação na Sul-Americana, mas também um novo ânimo ao grupo e, principalmente, ao torcedor que compareceu em grande número e deu um show no Estádio Nilton Santos.

Dois gols de Lindoso para valer um

Como era de se esperar, o Botafogo, apoiado por mais de 35 mil pessoas, começou o jogo em cima do Nacional. Diferentemente do jogo contra o Paraná, Zé Ricardo apostou em uma equipe com mais homens no meio de campo e colocou Renatinho na vaga de Pimpão. Assim, o Botafogo conseguiu ter mais a bola naquele setor.

A primeira grande chance veio aos 19. Rabello ganhou disputa de cabeça na área, e a bola sobrou livre para Rodrigo Lindoso marcar, mas a arbitragem já marcava irregularidade no lance. O Nacional se fechava todo e apostava nos contra-ataques.

De tanto pressionar, o Botafogo chegou mais uma vez com perigo aos 37. Leo Valencia cobrou falta na área, e Lindoso subiu mais do que a zaga para cabecear no canto direito do goleiro paraguaio, que não teve chances.

Moisés, Botafogo x Nacional-PAR, Nilton Santos (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)Moisés, Botafogo x Nacional-PAR, Nilton Santos (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)

Botafogo ainda melhor no segundo

Zé Ricardo optou por não fazer mudanças na equipe e deu certo. O Botafogo voltou ainda melhor no segundo tempo. Destaque para Valencia, que teve uma de suas melhores atuações com a camisa do clube. Aos seis, por exemplo, Luiz Fernando tocou para Renatinho, que se livrou da marcação, cortou e chutou prensado. Na sobra, Valencia pegou de primeira e mandou na trave.

Ao contrário de Renatinho, o chileno chamava para si a responsabilidade, mas não era retribuído por Aguirre, que teve uma participação sem grandes destaques. Zé Ricardo mudou o ataque, pois sabia da importância de se fazer mais um gol para tranquilizar as coisas.

Brenner e Pimpão entraram. Ovacionado por parte da torcida, Pimpão esteve muito bem. Puxou os contra-ataques e aumentou o poder de fogo do time, que perdeu muitas chances (foram 12 no total) e quase sofreu o empate em uma jogada rápida na área, mas o paraguaio chutou para fora.

Para coroar o bom rendimento na noite, Valencia foi o responsável pelo alívio dos alvinegros. No fim do jogo, ele aproveitou um passe na entrada da área e arriscou. A bola entrou no canto do goleiro e confirmou a classificação para a próxima fase.

Torcida deu show no Nilton Santos (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
Torcida deu show no Nilton Santos (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)

Pontos fortes

  • Apenas um susto na partida
  • Laterais, principalmente Moisés, apoiaram e marcaram muito bem
  • Boas mexidas de Zé Ricardo
  • Presença em grande número da torcida

Pontos fracos

  • Em certos momentos, espaço entre os volantes e o ataque
  • Erro de finalizações

Agora, o Botafogo esquece a Sul-Americana e se volta completamente para a disputa do Campeonato Brasileiro. Domingo, às 16h (de Brasília), o Alvinegro recebe o Atlético Mineiro, no Estádio Nilton Santos e precisa vencer para se afastar da zona do rebaixamento.

Conteúdo de Globoesportes