O que era para ser uma noite de festa para Jefferson, principalmente, terminou com vaias e xingamentos ao Botafogo. Mais uma vez, o time de Alberto Valentim saiu dos trilhos, não repetiu a boa atuação contra o Vasco e saiu do Nilton Santos, na última quarta-feira, contra o Ceará, com outro frustrante empate, cujo sabor foi de derrota – como já havia ocorrido contra o Vitória.

O placar de 0 a 0 com o lanterna Ceará se deu em duelo válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, o que configura um alerta ligado quanto à oscilação e a falta de desempenho confiável neste primeiro quarto da competição. 

Novamente, conforme destacado pelo próprio Valentim, erros técnicos em profusão foram determinantes para que a vitória não tenha sido alcançada – o Glorioso segue sem vencer em duas rodadas consecutivas.

– Precisamos melhorar muito. Trabalhar movimentação, posse no campo do adversário, fazer movimentos que precisamos fazer. Tudo faz parte da fase ofensiva, tudo dentro deste conceito. Temos que finalizar mais e fazer com que as outras equipes sofram mais aqui. Hoje erramos muitos na parte técnica, muito – comentou o comandante, hostilizado após o duelo.

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O Botafogo até se manteve organizado, com um 4-2-3-1 com a bola, uma vez que Valentim optou por Jean e Rodrigo Lindoso mais recuados, com João Pedro flutuando entre as linhas, Aguirre e Valencia abertos e Kieza de referência. O que pesou para o tropeço, contudo, foi a atuação abaixo de quase todos – apenas Jean cumpriu a função de maneira destacável

Números destacáveis de hoje:

– Jean liderou o quesito desarmes certos: 5
– Moisés errou 10 cruzamentos
– Aguirre foi quem mais perdeu bolas: 5
– Lindoso foi quem mais acertou passes: 75
– Valencia foi o mais pé torto: 4 chutes errados

Além disso, outros fatores que fizeram com que vaias fossem frequência nas arquibancadas foram as laterais. Muito provavelmente, Moisés e Marcinho fizeram as suas piores partidas pelo Botafogo, embora tenham tido espaço e boas oportunidades no fundo contra um limitado E não tão bem postado Ceará, que estreava o técnico Lisca e ainda quase saiu com o triunfo, no fim.

 

– A gente precisa muito dos laterais, principalmente falando de times fechados. Você tem de usar as beiradas para ver se acha um espaço menos congestionado. Para chegar numa parte mais alta da tabela, temos que recuperar esses pontos fora de casa – completou o treinador.

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