O Botafogo começou 2018 com dúvidas sobre quem seria o goleiro titular. Mas, na prática, a questão pouco se aplicou. Gatito Fernández e Jefferson passaram grande parte do ano machucados e só estiveram à disposição juntos durante oito dos 48 jogos do time no ano. O paraguaio se recupera de problema no punho e o brasileiro de múltiplas lesões sofridas em julho, contra o Flamengo. As ausências criaram uma nova disputa na meta alvinegra: Saulo, o terceiro goleiro, ou Diego, o jovem, que começou o ano como número quatro?

Contra o Bahia na quinta, Diego foi o escolhido. Aos 20 anos, fez seu segundo jogo com profissional e acabou falhando no segundo gol. Apesar do erro, Diego segue com moral dentro do clube onde chegou em 2015. Na base, foi titular do time que foi campeão estadual e brasileiro sub-20 em 2016, junto com Benevenuto, Marcinho, Matheus Fernandes, Bochecha, Yuri e Kanu, hoje companheiros no elenco profissional.

— Diego é um jovem de personalidade. Tem mais de 200 jogos na base e estreou nos profissionais com uma vitória (2 a 0 contra o Sport) — defendeu Zé Ricardo.

Três anos mais velho, Saulo se tornou titular após lesão de Jefferson e parecia estar soberano na posição até a última quinta — só perdeu o jogo contra o Sport por desconforto muscular. Desde que assumiu a meta, sofreu 17 gols em 13 jogos. Em tom de mistério, Zé Ricardo não revelou quem será o escolhido contra o Vitória:

— Entendemos que o Diego merecia uma oportunidade, mas os dois estão na mesma condição.

Conteúdo de O Globo