Eduardo Barroca enxergou pontos positivos e negativos na atuação do Botafogo na derrota para o Goiás. Neste domingo, no Serra Dourado, após o 1 a 0 adverso, o treinador disse que o time carioca controlou o jogo, mas teve dificuldade em criar chances de gol.

– Infelizmente, a gente não conseguiu transformar o controle que tivemos, especialmente por trás dos volantes, em chegadas no terço final de forma efetiva. É um problema que tivemos desde o começo do jogo, ele se manteve no segundo tempo. A gente teve a bola a maior parte do tempo, algo próximo de 68%. Mas, infelizmente, a gente não conseguiu transformar isso em criar oportunidades no volume que a gente gostaria – disse o técnico, para completar:

– Foi um jogo difícil, fora de casa e contra um time organizado e que vinha de vitória. Foi um confronto equilibrado. Não é qualquer time que chega aqui e joga com a coragem que tivemos, com a ideia de controlar o jogo como controlamos. Temos uma sequência importante, então, temos de virar o chip e dar confiança aos jogadores. Eles estão tentando executar o que estamos treinando. Vamos nos recuperar para o jogo da Sul-Americana e tentar fazer um bom jogo.

Eduardo Barroca conversa com a imprensa após derrota do Botafogo — Foto: Emanuelle Ribeiro

Eduardo Barroca conversa com a imprensa após derrota do Botafogo — Foto: Emanuelle Ribeiro

Na quarta-feira, no Paraguai, o enfrenta o Sol de América, o primeiro jogo da segunda fase da Copa Sul-Americana.

Mais respostas de Barroca

Escalação no meio/chance a Ferrareis

Entendo que os jogadores que eu escolhi tinham toda a capacidade de desenvolver o que eu pedi. Se isso não foi feito foi em virtude de aspectos coletivos. Aí, a responsabilidade é minha. Faltou para a gente transformar a construção em chegar no campo de ataque com mais jogadores. Isso não é individualidade. É coletivo. Todos os jogadores que trabalham comigo, se merecerem, terão oportunidades. Sempre falei que a competição está aberta e é em cima disso que estou trabalhando.

Avaliação sobre Fernando

Entendo que o Michael é um jogador de nível alto. No primeiro momento, conseguiu transformar a individualidade em cruzamentos e chances. Depois, o Fernando levou vantagem em boa parte dos confrontos. Ajustamos ainda, colocando um jogador de marcação para fazer a dobra.

Substituições no segundo tempo

Os jogadores que eu troquei foi com o objetivo de buscar a vitória. Os jogadores se esforçaram e fizeram o que eu pedi. Porém, sem a eficácia necessária. Temos de absorver esse golpe. É claro que os jogadores e eu não estamos satisfeitos com o que aconteceu. A gente precisa melhorar. Até na terceira vitória seguida eu falei que a gente tinha de evoluir. Continuo nessa linha. Foi um jogo fora de casa, com mais posse de bola e oportunidade de gol. Mas vamos trabalhar para buscar esse desenvolvimento.

Só posso dar essa resposta após a nona rodada, esse foi o combinado. Ainda busco o equilíbrio interno. Ainda busco as melhores escolhas, vendo a que nível posso levar o grupo. Aproveito esses jogos para ter essa mensuração. Após a nona rodada, com o tempo de trabalho na Copa América, saberei onde vamos brigar. Posso falar ao torcedor que o os jogadores estão trabalhando sério para levar o Botafogo ao ponto mais alto da tabela. É importante passar esse recado. Eu não escondo que não fizemos um jogo em bom nível, mas vamos trabalhar para melhorar.

Foi surpreendido pelo Goiás?

Não. Eu conheço o trabalho do Claudinei e os jogadores do Goiás. Não acho que eles foram agressivos, eles exploraram os erros na nossa saída de bola. Talvez tenha criado chances por erros nossos. A origem do gol é uma construção nossa que a gente erra.