É verdade que a estreia do Botafogo no Campeonato Carioca foi com derrota para o Volta Redonda por 1 a 0, no Raulino de Oliveira. É verdade também que o time alvinegro, um misto de reservas e jogadores sub-20, não jogou bem. Mas há algumas observações da primeira partida do ano que podem ser úteis para o técnico Alberto Valentim no decorrer da temporada.

O próprio Bruno Lazaroni, que vai ser o técnico da equipe enquanto Valentim estiver no Espírito Santo, na análise depois do confronto, disse que enxergou pontos positivos.

– Eu estou satisfeito com a entrega de todos, mas não estou satisfeito com o resultado – afirmou durante a coletiva.

Defesa

Diante da pressão imposta pelo Volta Redonda, sobretudo a partir do fim do primeiro tempo, a defesa formada por Kanu, 22 anos, e Sousa, 18 anos, conseguiu suportar bem até certo ponto. Não fosse o gol sofrido por um descuido de Wenderson na marcação na lateral direita, a missão estaria cumprida. A propósito, o improviso na lateral pelo lado direito não funcionou nem com Fernandes nem com o camisa 17, que entrou no seu lugar no segundo tempo. Foi o ponto mais frágil do Botafogo.

Botafogo x Volta Redonda — Foto: Divulgação / Botafogo

Botafogo x Volta Redonda — Foto: Divulgação / Botafogo

Cavalieri

Aos 37 anos, o goleiro abre mais uma temporada com a promessa de que Alberto Valentim não vai precisar se preocupar caso não tenha Gatito Fernandez. O camisa 12, capitão, talvez tenha sido o melhor jogador da partida. Da equipe do Botafogo, com certeza. Ele foi o responsável por pelo menos quatro intervenções importantes, duas delas de nível bastante alto, na cobrança de falta de Bernardo e na finalização de longa distância de Pedrinho.

João Carlos ajeita para Pedrinho chutar, mas Cavalieri defende, aos 34' do 2º Tempo

João Carlos ajeita para Pedrinho chutar, mas Cavalieri defende, aos 34′ do 2º Tempo

Criação

Foi nesse setor que o Botafogo mais ficou devendo. Na coletiva, Lazaroni disse que “a gente soube se defender, mas nossa produção ofensiva poderia ter sido um pouquinho melhor”. Muito por causa da estreia abaixo da expectativa de Luiz Otávio, que usou a camisa 10. Nesse cenário, o ponto positivo foi a proatividade de meninos como Gustavo (23 anos), Caio Alexandre (20) e Lucas Barros (20), que por muitas vezes assumiram a função de criar. Duas enfiadas do lateral para Igor Cássio levaram perigo ao gol do Volta Redonda, mas na primeira Tanque cabeceou desequilibrado, e na segunda o próprio Igor foi cortado na hora.

Vinicius Tanque é o tipo de centroavante que, para que possa resolver o jogo, a bola precisa chegar nele. Não foi o que aconteceu contra o Volta Redonda. Mas o atacante de 24 anos, um dos mais experientes em campo, procurou contribuir de outras formas e não teve atuação ruim. Muitas vezes sozinho na frente, conseguiu fazer o pivô algumas vezes e levou o Botafogo ao ataque.

– A responsabilidade dele não é puxar contra-ataque, ele é um centroavante mais de área e precisa de uma produção ofensiva para poder render mais. Precisa de mais cruzamentos, mais infiltrações para poder aparecer. O que ele pode fazer é estar presente dentro da área e tentar a finalização – pontuou Lazaroni após o jogo.

Tanque, do Botafogo, sempre entre dois zagueiros do Volta Redonda — Foto: Tébaro Schimdt

Tanque, do Botafogo, sempre entre dois zagueiros do Volta Redonda — Foto: Tébaro Schimdt

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