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A avaliação que devemos fazer dos primeiros passos de Marcos Paquetá como técnico do Botafogo é, inevitavelmente cheia de poréns. Assim, precisamos ponderar, como numa balança com um quilo de algodão de um lado e um quilo de chumbo do outro, que nem tudo que parece é. Filosofia à parte, os números assustam, a tabela preocupa, mas os desfalques podem explicar.

São quatro jogos: três derrotas e uma vitória. Três gols no início dos dois primeiros confrontos. Sete gols sofridos e somente um marcado nos quatro duelos. Mas em quais destes jogos o Glorioso era favorito? Entendo que somente contra a Chapecoense, quando venceu, mesmo sem brilho. Contra o Corinthians, parou na brilhante noite de Cássio.

Os jogos futuros também não dão ideia de vida fácil. Duelo prioritário contra o Nacional-PAR, pela Copa Sul-Americana, em seguida um Santos à perigo; no outro sábado, o Paraná, que luta contra a zona de rebaixamento, no dia 16/8 o jogo de volta pela competição internacional e, contra o Atlético-MG, o Glorioso encerra o primeiro turno do Brasileirão. E abre o returno contra o Palmeiras.

Como a torcida nunca morreu de amores pelo treinador e a Copa Sul-Americana é uma necessidade até financeira – tanto que Marcos Paquetá poupou jogadores contra o Internacional -, ele pode ficar por um fio muito em breve. A não ser que os retornos se comprovem soluções.

Além da desatenção nos minutos iniciais, na primeira semana de jogos, ausência de jogadores importantes vem comprometendo o trabalho de quem ainda busca a espinha dorsal da equipe. Gatito e Jefferson seguem fora, Moisés sentiu lesão neste domingo, Rodrigo Lindoso tem passe melhor que Jean, seu substituto mais recente.

Aguirre ainda não tem gol pelo Alvinegro. Marcos Vinícius tem dificuldades físicas constantes. Os extremos não convencem. Não à toa, o contestado Valencia teve, quase sempre, alguma participação nos gols marcados neste ano. Em resumo: a evolução precisa se dar em todos os aspectos.

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